O contato de artistas portugueses com o Romantismo inglês e francês favoreceu então o surgimento de obras inovadoras, como Camões, de Almeida Garrett. Considerada o marco introdutório do Romantismo em Portugal, essa obra foi publicada em Paris, em 1825, quando o autor se encontrava exilado naquela cidade.
A obra apesar de considerada a primeira produção do Romantismo Português é fortemente marcada com traços da tradição clássica, como formalismo, vocabulário culto, racionalismo, contenção de emoções. A inovação pela qual ela é responsável consiste muito mais na abordagem do tema – a vida de Camões, suas aventuras e seu sofrimento – do que na renovação da linguagem.
Só entre 1825 e 1880 a obra teve sete edições, sem contar com as edições brasileiras e apócrifas.
EM: PORTUGUÊS: Linguagens – Ensino Médio. São Paulo, SP: Editora Atual, 2003.
Sinopse - Camões - Almeida Garrett
Poema lírico-narrativo aborda episódios da vida do poeta Luís de Camões relacionados com a composição e a publicação da epopeia Os Lusíadas. No prefácio, Garrett afirma não ter obedecido "a regras nem a princípios", não ter consultado "Horácio nem Aristóteles" e, demarcando-se de qualquer escola literária "não sou clássico nem romântico; de mim digo que não tenho seita nem partido em poesia", confessa ter seguido apenas "o coração e os sentimentos da natureza". Abrindo com a célebre invocação à "Saudade! Gosto amargo de infelizes,/ Delicioso pungir de acerbo espinho," e retratando um Camões desterrado, cantor idealista e desgraçado de uma pátria exangue, com o qual o autor se identifica, o poema surge como a obra emblemática e fundadora do Romantismo português, como salienta Teófilo Braga ("Garrett e a sua obra" in Obras Completas de Garrett).
EM: http://www.skoob.com.br/livro/149353-camoes
EM: http://www.skoob.com.br/livro/149353-camoes
“A índole deste poema é absolutamente nova; e assim não tive exemplar a que me
hauahuahau amei... Camões não navegaria assim hauhaua
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